Celebração tem raízes pagãs escondidas em ovos coloridos e simpáticos coelhos
por Agenor Duque
Publicado em 31/03/2024, às 05h09
A cada ano, o cenário se repete: supermercados repletos de ovos de chocolate, cada vez mais caros e diminutos, que se tornam objetos de desejo e obsessão de crianças que anseiam mais pelo brinquedo do que pelo próprio ovo. Os pais, alimentando um espírito consumista, fazem sacrifícios extraordinários para comprá-los, perpetuando uma tradição distante dos valores cristãos, apenas para evitar a decepção das crianças com a figura do "simpático coelhinho" ou para que não se sintam vitimizadas, em vez de direcionar a atenção delas ao que a verdadeira Páscoa deveria representar.
Uma festividade que deveria ser o lembrete solene da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo foi adulterada e corrompida pelo consumismo moderno e pelas antigas influências pagãs, mergulhadas em práticas idólatras e rituais de ocultismo. De acordo com o Dr. Tony Nugent, professor de Teologia e Estudos Religiosos na Universidade de Seattle e ministro presbiteriano, uma dessas influências remonta à lenda suméria de Damuzi (Tamuz) e sua esposa Inanna (Ishtar). Adorada não só na Babilônia, como em diversos lugares, incluindo Jerusalém, onde o templo construído em seu nome foi posteriormente substituído pela Igreja do Santo Sepulcro, Ishtar faz parte de uma série de histórias de deuses que morrem e ressuscitam, representando o ciclo das estações e das estrelas.
Outra perspectiva argumenta que a Páscoa era originalmente uma celebração da deusa da Primavera, também conhecida como Ishtar, Ostara, Astarte ou Eastre, cujo espírito de renovação é celebrado no equinócio da primavera. Os símbolos do coelho e do ovo, associados a ela, representam o início da primavera, fertilidade e renovação. A conexão entre Ishtar e a celebração da Páscoa nos dias de hoje é notável não apenas em sua história, mas também em uma curiosa “coincidência” linguística. O termo "Easter", usado para denominar a Páscoa em inglês, tem as mesmas raízes etimológicas que Eastre, um dos nomes de Ishtar. Essa ligação evidencia ainda mais a influência pagã sobre a celebração moderna da Páscoa.
É lamentável que essas práticas tenham sido incorporadas à celebração da Páscoa, distorcendo assim seu verdadeiro propósito e significado. O coelho e os ovos, originalmente associados a Ishtar e seus rituais, foram erroneamente adotados como símbolos da Páscoa cristã, desviando assim o foco da ressurreição de Cristo.
Quem conhece a Palavra de Deus e tem mais de 2 neurônios funcionando na cabeça, em algum momento de sua vida já deve ter pensado: O que têm a ver o coelho e os ovos com a ressurreição de Cristo? A resposta é muito simples: estamos diante de uma grande farsa, embalada com papéis de celofane coloridos e disfarçada de celebração cristã. A mesma farsa em que nossos antepassados nos ensinaram a acreditar, que muitos de nós ensinamos aos nossos filhos e a que o comércio e as grandes indústrias ligadas ao ocultismo agradecem.
A Páscoa foi transformada numa desculpa para um consumo sem propósito, num afã de cumprir com uma tradição igualmente sem propósito, enquanto seu verdadeiro significado se perde em meio a tanto chocolate e brinquedo de plástico que custam mais que uma cesta básica. A figura do coelho, associada à fertilidade, nem deveria ter lugar na celebração da Páscoa de um verdadeiro cristão. Como podemos permitir que esses símbolos pagãos ofusquem a gloriosa ressurreição de Cristo? Ao aceitar cegamente tais tradições, sem questionar sua autenticidade e compatibilidade com a Palavra de Deus, estamos replicando esse grave engano para as próximas gerações, assim como foi feito com a maioria de nós no passado.
A reflexão para o dia de hoje é: Continuaremos permitindo que a sombra do paganismo obscureça a luz da verdade ou nos levantaremos com coragem para restaurar a verdadeira adoração e reverência que a ressurreição de nosso Salvador merece?
Não podemos mais ignorar as raízes nefastas que esse tipo de Páscoa anticristã traz consigo. Devemos desmascarar a mentira e proclamar a verdade do Evangelho com audácia e determinação, voltando nosso coração para Aquele que é o único caminho, a única verdade e a única vida. Somente na ressurreição de Cristo podemos encontrar o verdadeiro significado da Páscoa e a esperança de vida eterna.
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