por Fernanda Trigueiro
Publicado em 05/05/2023, às 08h23
Não quero falar de novo que a ansiedade é o mal do século, que paralisa ou pode colocar a pessoa num nível hard de agitação. Pode fazer as mãos suar, a vista embaralhar, o coração acelerar ou até dá uma sensação horrível de que o ar do planeta acabou. A ansiedadedá insônia ou sono em excesso e assim vai. São tantos os sintomas, que cada ansioso sofre com os seus. Mas todos, coincidentemente, tem a insatisfação como regra. Uma angústia no peito e um incômodo.
É como se estivesse faltando algo e o ansioso desta forma nunca está cem por cento. Fica na expectativa que este "buraco" seja preenchido amanhã e assim só vai se afastando do presente.
Pensando bem, eu acho que a ansiedade não é um mal de hoje. É um traço humano. Minha avó devia ser ansiosa assim como a avó dela também. E acho que até o homem das cavernas sofria. Já pensou na responsabilidade que ele tinha de caçar um animal pra se alimentar? Naquela época, não tinha mercado, não. Duvido que ele não ficava ansioso pro dia de caça vingar. Por isso, com base em nada, minha nova tese é que a questão não é "ser" e sim "estar" ansioso. E ninguém está livre disso... Eu que sempre me gabei por não me considerar uma mulher muito ansiosa, esses últimos dias, entrei de cabeça nas estatísticas.
O último mapeamento global de transtornos mentais, realizado pela Organização Mundial da Saúde, concluiu que os brasileiros são os mais ansiosos do planeta. Aproximadamente 9,3% da nossa população sofrem de ansiedade patológica. Já deixou de ser um aspecto da natureza do homem como o exemplo dos nossos antepassados ai de cima para se tornar doença.
O ansioso entra em um ciclo em que vive sofrendo, alimenta esta dor, perde chances, oportunidades e momentos. Se desespera. Ai a agonia passa e de repente, começa tudo novamente, porque no dia seguinte chega uma nova ansiedade. Parece que nunca tem fim...
E se você assim como eu, sua avó, seu amigo, seu colega de trabalho e o homem do Paleolítico se enxergou aqui, bem vindo ao clube. Mas este texto não serve só pra te acolher. É pra te alertar que a solução está dentro de cada um. A culpa não é do seu trabalho, do amor ou da falta dele, das redes sociais, da família, de uma situação ou do medo do futuro. A culpa é exclusivamente sua.
A dor sempre vai existir, mas o tamanho do sofrimento é você quem escolhe dar. Baixe a guarda. A vida não é uma luta contra o relógio. Se você parar e refletir vai identificar aonde o calo aperta. E ai vai ter que dar um jeito. Porque não tem coisa pior que pé doendo. Troque de sapato, fique descalço ou faça algo para aquele bendito lacear. O que não dá mais é se manter no estado de reclamação enquanto o calcanhar sangra e os dedos estão dormentes.
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