por Kleber Carrilho
Publicado em 23/03/2024, às 09h16
Esta semana, a Finlândia apareceu pela sétima vez em primeiro lugar no ranking mundial da felicidade, que faz parte do relatório anual da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. E, como sempre acontece nos últimos dois anos, os amigos me mandam os links das matérias sobre o tema que saem pelo mundo e me perguntam: como é viver no país mais feliz do mundo?
Depois de dois invernos (que duram quase o ano todo) vivendo e trabalhando por aqui, tenho as minhas percepções do motivo pelo qual o país sempre está na frente nesse ranking. Mas, em primeiro lugar, temos que perguntar uma coisa fundamental: o que é felicidade?
Se felicidade for bater papo no boteco, como muita gente no Brasil gosta, a Finlândia poderia estar entre os países mais tristes do mundo. Primeiramente, porque não existe boteco, e segundo, porque não é tão frequente a oportunidade de ir a algum lugar beber e bater papo.
Mas, então, o que é que eles têm? Na minha visão, eles têm paz e tranquilidade. Não criam grandes expectativas de ficarem ricos, alcançarem fama ou terem carros velozes, e por isso trabalham de forma sossegada, porque, por outro lado, eles também não têm medo do desemprego e da falta de acesso a serviços básicos, como saúde, educação e segurança.
Portanto, este não é o país para a onda de empreendedores que querem fazer o primeiro milhão como um milagre, como acontece em muitos outros lugares do mundo. Também não é o lugar dos que querem crescer rapidamente na carreira para chegar a CEO de uma grande empresa. Nem é o lugar para os que acham que felicidade é rir o tempo todo. Afinal, durante boa parte do ano, o tempo está fechado, tem neve por todo o canto e a possibilidade que se tem de tomar um tombo na rua é enorme.
Simplificando, então, felicidade é não ter medo de ser assaltado no meio da rua, é não ter problema com falta de moradia, de salário ou de comida. É ter baixa expectativa sobre conquistas materiais e uma relação boa com a natureza, que está por toda parte, inclusive nas grandes cidades, que nem são tão grandes assim.
Talvez um dos principais itens também seja que grande parte dos finlandeses tendem a tratar o trabalho apenas como trabalho, não como a principal atividade da sua vida. Depois de sete horas no batente por dia, eles passeiam, fazem atividades físicas, vão a eventos e curtem coisas simples, como beber em casa de cueca (sim, essa é uma atividade levada a sério por aqui) ou ir à sauna, que é uma invenção e uma paixão nacional.
Com a nossa tradição cultural, não é tão simples se acostumar com essa noção de felicidade. Afinal, quem é que abriria mão do calor do Brasil boa parte do ano, dos botecos em todas as esquinas e do churrasco com muita carne e cerveja?
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