Parte III/III
Marcelo Dutra Publicado em 28/06/2023, às 07h04
Este texto é a evolução e última etapa dos diálogos propostos nos artigos publicados em 11/04 e 24/05/2023 nesta coluna. O propósito é dar prosseguimento às partes I e II devido ao entusiasmo que a discursão alcançou, debater com os insights, críticas e ponderações que buscaram iluminar o tema.
Já expomos diversas consequências de um clima organizacional belicoso, mas o que podemos fazer para melhorar o ambiente profissional e nossos relacionamentos interpessoais? Algumas ações podem produzir resultados expressivos em nosso dia a dia, entre elas:
Fomentar a adaptabilidade: capacidade de adequação à situações adversas; criatividade: procurar a melhor solução para circunstâncias de contenda; administrar emoções negativas: devemos reconhecer o que sentimos, determinar a reação mais adequada para cada momento, mesmo que para tanto contemos com ajuda; defender-se sem atacar: buscar alternativas para diminuição dos fatores geradores de estresse, obter uma comunicação clara, expressar-se de forma a não deixar dúvidas sobre o que pretendemos dizer; empatia: faculdade de colocar-se no lugar do próximo, permitindo-se conhecer diversos pontos de vista; praticar a escuta ativa: está atento, focar todos os sentidos para as pessoas com quem falamos, isso inclui deixar o celular de lado durante as conversas; aprender a receber críticas: muitas vezes não estamos certos e temos dificuldade em ouvir o outro, não é ser subserviente, é baixarmos a guarda quando recebermos algum comentário negativo; proatividade: empreender mudanças e soluções com base na automotivação, sem estímulos exteriores; atuação dinâmica: agir de forma organizada, cumprir prazos e metas sem se deixar abalar por fatores superficiais.
O autoconhecimento pressupõe dor, conciliação e correção de rota. Primeiro o ônus do plantio, depois o bônus da colheita.
Na obra A Arte da Guerra, de Sun Tzu, o autor afirma que para o sucesso irrestrito da missão, precisamos compreender essencialmente três elementos: a nós, o inimigo e o campo de batalha. No caso em questão, conhecer o campo de batalha é ter entendimento sobre o ramo de atividade desejado, tendências de mercado e o local em que atuamos; sobre o inimigo, ele pode ser um concorrente a um cargo disponível, nosso colega na empresa e suas características profissionais; mas, para conquista da vitória é fundamental o aprendizado sobre nós mesmos: quais são nossas fraquezas e habilidades? O que estamos dispostos a suportar para conseguir o que desejamos? Dessa forma, cientes desses três saberes, não nos deixaremos ofender por qualquer brisa de indiferença, provocações ou oscilações do cotidiano.
A motivação está em nós, em nosso propósito, força interior, no conhecimento e respeito às diferenças e limitações que todos temos. É preciso aceitar que os dias são distintos e em cada um deles seremos nós ou outrem a fraquejar e precisar de um aperto de mão, presença de espirito, um olhar afetuoso e de compreensão, talvez não seja necessário entender naquele momento, apenas acolher.
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