Fernando Sastre, condutor do Porsche envolvido em acidente fatal, se entrega às autoridades após decretação de prisão preventiva
Sabrina Oliveira Publicado em 07/05/2024, às 10h44
O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que estava dirigindo o Porsche envolvido no trágico acidente que resultou na morte do motorista de aplicativo Orlando da Silva Viana, se entregou à polícia na tarde de segunda-feira (6). Ele teve sua prisão preventiva decretada na sexta-feira (3) e é réu por homicídio e lesão corporal.
Andrade Filho era esperado para se apresentar no 30º DP (Vila Gomes Cardim), mas optou por se entregar na 5ª seccional, no Tatuapé, ambas localizadas na zona leste da capital de São Paulo.
A prisão preventiva foi decretada três dias após a Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público contra o empresário, tornando-o réu por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima. No entanto, após não se apresentar, a polícia foi à sua residência para prendê-lo, mas ele não foi encontrado, sendo considerado foragido.
Na ocasião da prisão, a defesa de Andrade Filho manifestou-se, garantindo que seu cliente cooperaria integralmente com as autoridades e acataria a decisão judicial. No entanto, ressaltaram a percepção de que as medidas cautelares anteriormente impostas já proporcionavam um controle adequado da situação, julgando desnecessária a decretação da prisão preventiva. Argumentaram que, dadas as circunstâncias, a medida se mostrava desproporcional em relação à gravidade do delito imputado e ao histórico de colaboração do réu com as investigações.
Recordando o incidente
O acidente ocorreu por volta das 2h30 do dia 31 de março, quando o Porsche dirigido por Fernando colidiu na traseira do Renault Sandero, conduzido por Orlando. O mesmo foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. O condutor do Porsche deixou o local na companhia de sua mãe, que alegou aos policiais que o filho precisava de atendimento médico devido a um ferimento na boca.
No entanto, não foram encontrados registros de sua entrada no hospital indicado pela mãe. Fernando se apresentou à polícia apenas na tarde do dia seguinte. Uma perícia realizada no local do acidente revelou que o Porsche estava a 156 km/h no momento da colisão.
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