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Motorista de Porsche envolvido em acidente fatal é transferido para 'presídio dos famosos'

Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho é levado para P2 de Tremembé (SP), conhecida por abrigar casos de grande repercussão

Motorista de Porsche que causou acidente com morte - Imagem: Reprodução | TV Globo
Motorista de Porsche que causou acidente com morte - Imagem: Reprodução | TV Globo

por Marina Milani

Publicado em 11/05/2024, às 14h54


O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de provocar um acidente fatal em São Paulo, foi transferido para a Penitenciária 2 de Tremembé, interior de São Paulo, na madrugada deste sábado (11). A unidade é reconhecida por abrigar presos envolvidos em casos de grande repercussão, como o ex-jogador Robinho.

Fernando deu entrada na penitenciária por volta de 0h45, segundo informações da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Conforme procedimento padrão da unidade, ele ficará isolado dos demais detentos em uma cela individual de cerca de oito metros quadrados, onde permanecerá durante o período de inclusão, que é de dez dias.

A transferência de Fernando para Tremembé foi autorizada pela Justiça durante a semana, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negar um habeas corpus solicitado pela defesa do empresário. Embora tenha rejeitado o pedido de liberdade, o STJ concordou que ele fosse transferido para um presídio mais seguro.

Os advogados de Fernando sugeriram a Penitenciária 2 de Tremembé, considerando que ele teria recebido "ameaças" externas durante a investigação policial. A defesa do empresário enfatizou que a transferência é apenas o cumprimento da determinação do STJ.

Fernando é réu em um processo no qual é acusado de homicídio por dolo eventual e lesão corporal gravíssima. O acidente ocorreu no dia 31 de março na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, quando ele colidiu com o carro de um motorista de aplicativo, resultando na morte da vítima e em ferimentos graves em seu amigo, que ocupava o banco do passageiro.

O laudo pericial da Polícia Técnico-Científica constatou que Fernando estava a 114,8 km/h no momento da colisão, em uma via com limite de velocidade de 50 km/h. Ele negou ter consumido bebida alcoólica e a Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, liberou-o sem realizar o teste do bafômetro. A conduta dos agentes está sendo investigada pela Corregedoria da PM. Se condenado, Fernando pode enfrentar uma pena superior a 20 anos de prisão. 

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