por Rabino Sany Sonnenreich
Publicado em 26/04/2024, às 08h28
Cada judeu sente um entusiasmo em seu coração quando Pessach, a Páscoa judaica se aproxima; mesmo em tempos de turbulência como este, com a guerra entre Israel e a organização terrorista Hamas, com a revoltante questão dos reféns agravando as preocupações. As casas já estão todas limpas, os carrinhos de compras já foram descarregados e contamos os dias e horas que restam para o início da festividade na grande noite em que receberemos visitantes da maior importância: os anjos celestiais que vêm escutar a história da saída do Egito e, agora, também os pensamentos ansiosos sobre aqueles que estão em cativeiro. A refeição é preparada com capricho e abundância, os melhores utensílios são dispostos e a mesa é preparada com pompa, rodeada por cadeiras confortáveis para que as pessoas possam se reclinar devidamente, enquanto nossas mentes estão divididas entre a alegria da festividade e a angústia pelos reféns.
Não menos importante que tudo isso, devemos preparar o conteúdo que toca a essência da noite e viver junto de nossa família a história contada pela Hagadá (livro que relata jornada desafiadora do povo judeu do cativeiro à liberdade, no Egito antigo), oferecendo a cada um dos participantes, sejam eles adultos ou crianças, o entendimento do significado desta história, transmitindo as profundas mensagens desta festa a nós mesmos e a cada criança de acordo com sua idade e capacidade, inclusive sobre a importância de lutar pela liberdade e justiça, valores tão relevantes no contexto atual de conflito.
Mais do que em qualquer outra ocasião do ano, recebemos nesta noite o mandamento e o presente de Vehigadetá le binchá (“E contarás a teu filho”). Este presente é especial pelo fato de transformar a incrível noite num meio para que possamos passar a mensagem da fé no Criador, de geração em geração, de avô para o pai, de pai para o filho, do filho para o neto, e assim por diante às próximas gerações. Como uma corrente dourada que todos seus elos estão conectados uns aos outros, sentamos no Sêder (jantar festivo da festividade) e investimos nossas melhores energias a fim de iluminar a história da saída do Egito às almas de nossos descendentes, agora também destacando a importância da esperança e da perseverança mesmo nos momentos mais sombrios.
A história da saída do Egito vai além de um mero relato literário: a palavra Sipur (história) vem do termo Sapir (safira), ou seja, um diamante que ilumina a alma e transporta uma luz mágica e deleitosa que há de ficar gravada para muitas gerações. Essa luz é a da fé que se irradia no coração de cada judeu, mesmo nos corações das crianças, possibilitando que cada um capte e internalize a fé no Criador de todos os mundos, esculpindo sua alma com esta fé para todo o sempre, alimentando a esperança por um futuro de paz e liberdade.
Muitos judeus peregrinam e fazem seus pedidos nos túmulos dos justos, praticam atos dotados de alguma segulá (simpatia) e pedem por muitas salvações. Eis que há uma oportunidade ímpar na noite do Sêder, uma chave-mestra muito poderosa. Quando o segundo copo é servido, é a hora de o filho perguntar, com palavras simples e diretas, do fundo do coração para o Pai, Todo Poderoso, e dizer: “Pai, quero me aproximar, quero cumprir a Sua vontade, quero ter satisfação de meus filhos, tenho dificuldades no sustento e problemas de saúde, atenda-me, meu D”us, atenda-me”. Na noite de Pessach, nosso Pai está conosco, ouvindo. Esta é uma oportunidade única a qual devemos aproveitar.
Que possamos, em muito breve, celebrarmos totalmente com a libertação de nossos irmãos, reféns em Gaza.
#BringThemHomeNow
Um Feliz Pessach a todos!
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